A-Ha faz show morno em São Paulo

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Em 1989, quando esteve pela primeira vez no país, o A-Ha estava na crista da onda, como diria a gíria da época.

Passados dois dias da sua apresentação por São Paulo, falar esse gíria é cringe, termo mais moderno.

Muita coisa mudou no mundo de lá pra cá, mas ao que parece o público fiel à banda se manteve firme.

O Espaço Unimed, na Barra Funda, Zona Oeste de São Paulo, recebeu os noroegueses com ingressos esgotados.

Não nas mãos dos cambistas, esses tinham todos os setores, de sobra.

Das 19 músicas que compuseram o set, estavam, claro, os hits Crying in the rain, logo de cara, Hunting High Low e no bis Take On Me.

Não que as outras 16 canções sejam desconhecidas, mas a ampla maioria estava ali para ver as três músicas.

Analisando hoje, depois de alguns dias da apresentação, é possível dizer que o A-Ha faz um show honesto, com banda muito bem azeitada, mas que não consegue animar os mais jovens.

Talvez nem seja essa a intenção deles, mas a julgar pela expectativa de algumas pessoas presentes, ficou uma pontinha de “poxa, esperava mais”.

E tivemos um público diverso presente: do roqueiro true, passando pelo “casal sapatenis”, até os jovens do Tik Tok.

Ver uma banda do tamanho do que foi o A-Ha é uma oportunidade, e que chegou até aqui deve fazê-lo sempre que possível.

Só não espere um show caloroso.

Se na Noruega a temperatura média varia de -7⁰c a 21⁰C, o show fica entre 17 e 19.

Não esqueça o casaco.

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