Quando ouvi falar que ia rolar uma Oktoberfest em São Paulo achei super bacana. Esquisito por acontecer em novembro, mesmo assim bacana.
Porém o evento que tentou recriar a tradição da festa alemã, que acontece tradicionalmente no sul do país, não atingiu as minhas expectativas.
Foi uma mistura de balada Vila Olímpia, micareta e festa de formatura. Literalmente “festa estranha com gente esquisita”.
Vamos aos fatos:
Dificuldade para entrar. Quem ia de camarote tinha que pegar um transporte (que ninguém da organização sabia direito de onde e qual horário saia), quem levou sua caneca teve que deixá-la do lado de fora, no lixo! Pois a organização julgou que não era seguro entrar com ela.
Pô! O cara que vai no sul não precisa se desfazer de sua caneca TRADICIONAL para poder participar da festa.
Cervejas alemãs. Com apenas três tipos de cervejas típicas alemãs o evento deixou a desejar para quem é apreciador de fato desta arte. Franziskaner, Hoegaarden e Leffe eram as opções. Só não me pergunte qual a diferença, nem eu, nem os atendentes sabiam.
Comidas típicas. Destaque para o Bretzel, coxa de pernil e bolinho alemão. Neste caso os pratos tinham supervisão de alemães de verdade e preço justo. Ponto positivo.
Música tradicional alemã. Confesso que me desapontei pois ouvi umas três versões de PSY em português, e bem ruins, diga-se de passagem. As “cantigas” famosas apareceram com roupagens tecnomaníacas e mais pareciam, como disse, uma balada qualquer.
Senti enorme falta de informação sobre a Oktoberfest de verdade. Tanto a brasileira que acontece no sul, como a “de verdade” que acontece na Alemanha. Afinal, porque em outubro? Qual a importância para a colônia? Desde quando acontece?
O que significa a cultura da cerveja? Qual o significado das danças?
São informações que vou ter que procurar depois na internet.
A Oktoberfest de São Paulo provou que a cidade pode recriar um vilarejo muito bem. Porém faltou dar mais valor à tradição. Pode ser que pela falta de costume com a colônia alemã isso tenha acontecido.
Mas não justifica a falta de profundidade do evento. Se a pessoa foi apenas para se divertir, e tomar cerveja nacional ok, o evento supriu essa necessidade.
Se foi para conhecer um pouco mais da cultura alemã, ficou na mão. Ou war in the hand.
Bis zum nächsten mal.