Com uma série de hits nos últimos anos, Bruno Mars tem rapidamente se transformado em um dos ícones do R&B e do Neo Soul na era moderna.
Ao mesmo tempo em que acumula uma legião de fãs, algumas pessoas por aí apontam para uma suposta apropriação cultural de Bruno em suas músicas por usar diversos elementos da música negra nas faixas.
Para estes, o fato de Mars ter raízes porto riquenhas, filipinas e nas comunidades de judeus asquenazes não justifica o seu uso desse tipo de cultura. Ainda assim, o artista se defendeu durante uma participação no programa de rádio The Breakfast Club:
“Eu diria que você não vai conseguir encontrar uma entrevista onde eu não estou falando sobre os nomes do entretenimento que vieram antes de mim. A única razão pela qual eu estou aqui é por conta de James Brown, Prince, Michael [Jackson] — essa é a única razão pela qual eu estou aqui. Eu estou ali crescendo como uma criança assistindo ao Bobby Brown, dizendo, ‘Ok, se é isso que eu preciso fazer para chegar lá então eu preciso fazer o ‘running man’, eu preciso fazer o moonwalk.’ É isso. Essa música vem de amor e se você não consegue ouvir isso, então eu não sei o que te dizer.
Qual é o sentido se nós, como músicos, não pudermos aprender com os caras que vieram antes de nós? Por que eles fizeram isso? Eu espero que mais pra frente exista uma banda que pegue o que nós fizemos e vire de cabeça pra baixo e deixe tudo uma loucura ao colocar sua própria cara nisso, porque se eles não o fizerem então qual o ponto de estarmos fazendo isso?”
Quando Bruno fala de “nós”, no trecho acima, ele se refere ao Silk Sonic, seu novo projeto ao lado de Anderson .Paak que estreou de maneira espetacular com a ótima Leave the Door Open na última sexta-feira (5 de março).