O que parecia ser revolucionário chegou ao fim. O Kinect foi anunciado em 2010, com a incrível característica de transformar o seu corpo no próprio controle. Ele começou como um sucesso de vendas, mas ficou esquecido nos últimos anos.
Alex Kipman, criador do Kinect, e Matthew Lapsen, gerente-geral de marketing do Xbox, explicam que a fabricação do acessório está encerrada e o estoque nas varejistas não será mais reposto.
Ele vendeu cerca de 35 milhões de unidades desde sua estreia em 2010, mas tudo começou a desandar com o Xbox One. Inicialmente, a Microsoft planejava torná-lo obrigatório para usar o console. Após inúmeras críticas, ela voltou atrás.
O Kinect morre, mas a tecnologia por trás dele só evolui. A versão 4 de seu sensor é usada no HoloLens, headset de realidade mista: ela tem campo de visão de 120 graus (contra 50 graus no modelo original), e consome 1,5 W de energia. A versão 5 já está em desenvolvimento.
O Kinect foi a base para a Microsoft desenvolver a assistente de voz Cortana, já que ele atende a comandos de voz; e também o sistema de identificação biométrica do Windows Hello, que quer reduzir nossa dependência de senhas.
Curiosamente, agora é a Apple que tenta levar a tecnologia do Kinect para um público mais amplo, através do Face ID. Ela adquiriu a PrimeSense, que ajudou a criar o acessório da Microsoft, em 2013. O iPhone X tem um projetor que coloca 30 mil pontos invisíveis no seu rosto; e uma câmera infravermelho para fazer o reconhecimento facial