Pode-se dizer que todos fizeram ou fazem parte de um grupo de pessoas que escreve para multidões. É como se eles tirassem palavras dos nossos corações e conseguissem expressar nossos sentimentos. Sim, é um ponto em comum. Mas não é exatamente disso que este texto irá tratar.
Com a influência de Villa Lobos, Tom Jobim escreveu letras e melodias que artista gringo nenhum foi capaz de copiar ou reproduzir à altura dos músicos brasileiros que compõe a Bossa Nova. Cazuza em uma era na qual a liberdade era o anseio da população, e principalmente dos jovens, escreveu sobre amor e política em letras atemporais. Amy Winehouse, a artista que cada dia se envolve mais em polêmicas com as drogas, canta o vício de maneira corriqueira e, de certa forma, derrubou um pouco da hiprocrisia que existe na relação entre artistas e drogas.
Ainda mais além, Tom Jobim era alguém muito descontente com sua realidade. Era um cara reclamão que não escondia o desejo de ser mais reconhecido no Brasil, sempre comparando o público brasileiro com o americano e dizendo que nos Estados Unidos teria mais oportunidades. Cazuza se envolveu em romances homosexuais e contraiu a AIDS quando o vírus ainda era desconhecido por todos. Amy Winehouse é uma pessoa obssessiva – pelo namorado e pelas drogas –, já cantou que não vai para uma clínica de reabilitação, mas ainda sim, segundo Elton John, é a melhor voz da atualidade.
A verdade é que esses três músicos não vivem neste mesmo mundo que nós, “mortais”, vivemos. Os três usam ou usaram drogas, eram revoltados com a realidade, e servem de exemplo para muita gente. É preciso admitir que eles, como tantos outros artistas vêem a vida com outros olhos. Talvez enxergam até um mundo mais cinza e triste, mas mesmo assim conseguem cantar, se não todas, a maioria das nossas expressões. Há de se reconhecer que o mundo sem eles seria, para nós, mais cinza e sem graça e que apesar de toda a vida politicamente incorreta, são capazes de serem eternos.
1 Comentário