Taylor Swift vai regravar o álbum Red, lançado em 2012, com as 30 músicas que ela escreveu para ele, além de uma faixa com mais de 10 minutos. A nova versão do disco chega às plataformas em 19 de novembro.
A cantora anunciou o próximo relançamento no Instagram na sexta-feira (18 de junho), explicando que a obra é fruto e homenagem aos corações partidos:
“Eu sempre disse que o mundo é um lugar diferente para aqueles que têm o coração partido. Musicalmente e liricamente, Red se parece uma pessoa com o coração partido. Estava em todo lugar, um mosaico fragmentado de sentimentos que, de alguma forma, se encaixaram no final. Feliz, livre, confuso, solitário, devastado, eufórico, selvagem e torturado por memórias do passado. Essa será a primeira vez que vocês ouvirão as 30 músicas que deveriam estar em Red. E uma delas tem 10 minutos”.
Taylor está refazendo seus seis primeiros álbuns porque não é dona das gravações.
Os direitos eram da gravadora Big Machine. O contrato foi assinado quando ela tinha 14 anos, em 2004. A artista inexperiente tinha pouco poder de barganha e as cláusulas eram generosas com a gravadora.
A situação dela não é rara entre astros pop que têm pouco controle sobre os primeiros trabalhos por terem feito contratos parecidos. Mas o jeito que ela criou para tentar contornar isso é incomum e pode ter impacto na indústria musical.
A Big Machine foi comprada por Scooter Braun, empresário de Justin Bieber, em 2019.
Taylor Swift não se dá bem com ele, e já disse que sofria bullying de Braun, por isso ficou indignada quando ele passou a ser dono das suas gravações.
A coisa piorou quando, um ano depois, Braun revendeu o catálogo de Taylor Swift para a Shamrock, empresa fundada por Roy E. Disney, sobrinho de Walt Disney, por US$ 300 milhões.
“Essa foi a segunda vez que minha música foi vendida sem meu conhecimento”, ela lamentou.
Os donos das gravações originais têm parte do lucro com o streaming e, principalmente, podem controlar uso em outras obras, mesmo que seja em um filme da própria Taylor. Por ser compositora, ela também tem poder de veto para certos usos e recebe parte da arrecadação.
Uma cláusula do antigo contrato com a Big Machine deu a brecha para o projeto atual de Taylor: a partir do fim de 2020, ela ganhou o direito de regravar as composições registradas nos primeiros álbuns.
Com as novas gravações, ela recupera o controle total sobre sua obra, sendo autora e dona do novo registro em áudio. Agora, a luta será para convencer os fãs e os produtores de filmes e comerciais a ouvirem e usarem as novas versões.